Biografia





"O que me interessa é o que se vê de longe, o espaço, o tempo não."


Manuel Amado, entrevistado por Marta Ferreira dos Reis,
Jornal Público, 15 de Novembro de 2007


Com um longo percurso iniciado no final dos anos 50, Manuel Amado é um dos mais importantes pintores portugueses da sua geração. A sua obra encontra-se representada em inúmeras colecções públicas e privadas, nomeadamente Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Centro Cultural de Belém, Fundação Champalimaud, Fundação Cupertino de Miranda, Fundação D. Luís I, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Fundação EDP, Fundação Galp Energia, Fundação Grupo Santander, Fundação Millennium bcp, Fundação Oriente, Fundação Portugal Telecom / Altice Portugal, Banco de Bilbao y Vizcaya, BNU MACAU, Caixa Geral de Depósitos, Canary Wharf Group, Euronext Lisboa, Fundo Monetário de Macau, Novo Banco, Centro Nacional de Cultura, Museu Berardo, Museu da Tapeçaria de Portalegre, Museu de Lisboa / EGEAC, Museu de Setúbal / Convento de Jesus, Museu de Tomar / Doação José Augusto França, Museu Nacional do Teatro e da Dança.
No estrangeiro:  Fundação Jacqeline Vodoz e Bruno Danese - Milão, Itália, e Fundación Antonio Pérez - Centro de Arte Contemporáneo - Cuenca, Espanha.


1938 - 1944
Manuel António Sotto-Mayor da Silva Amado nasce a 13 de Junho em Lisboa. É o quarto de sete filhos do casamento do escritor e homem de teatro Fernando Alberto da Silva Amado, natural de Lisboa, e de Margarida Abreu Sotto-Mayor, natural da Ilha de S. Miguel, Açores. Até à idade de 19 anos reside numa grande casa do século XVIII, propriedade dos avós paternos e actual Museu da Cidade de Lisboa. Passa as férias de Verão na praia de S. Martinho do Porto.
A representar, no Teatro Nacional D.Maria II, 1949
1945 - 1956
Entra para o Colégio Moderno, onde permanece até ao fim do liceu. Estimulado pelo ambiente familiar, onde existia um forte pendor cultural, e por iniciativas do Colégio, desenvolve grande interesse pelo teatro, literatura, desporto e pelo desenho e pintura. Durante todo o liceu colabora activamente como actor em espectáculos de teatro dirigidos por Manuel Lereno e António Manuel Couto Viana. Quando faz 14 anos uma tia oferece-lhe uma caixa de tintas a óleo e um cavalete. Durante o último ano do liceu faz uma aprendizagem rigorosa de desenho a carvão preparando-se para ingressar no Curso Superior de Arquitectura. Em 1956 termina o curso do liceu.

1957 - 1958
Inicia o Curso de Arquitectura e, nos tempos livres, reúne-se com um grupo de amigos num pequeno atelier onde se dedicam a experiências de desenho e pintura. Executa diversos retratos de amigos. As suas principais referências são Picasso e Matisse. Descobre depois De Chirico, que o deslumbra, e o Surrealismo. Colabora como actor no Teatro Universitário de Lisboa, dirigido pelo seu pai. Executa o cenário para a peça Óleo de Eugene O’Neill.
Em Angola, 1963
Em Angola, 1963
1959 - 1963
Começa a trabalhar num gabinete de Arquitectura. No Verão passa um mês em Paris onde ocupa a maior parte do seu tempo na Cinemateca e a ver museus. Em Setembro de 1960 é chamado a fazer o serviço militar na Arma de Engenharia, em Tancos, e em Agosto de 1961 casa com a sua actual mulher Maria Teresa Rosa Viegas, então estudante da Faculdade de Letras de Lisboa. Um mês depois segue para Angola, como oficial miliciano, donde regressa em 1963. É em Luanda, estimulado pelas saudades das suas realidades longínquas, que, ao pintar pequenos quadros, encontra as características específicas do seu modo próprio de fazer pintura. Nesta cidade conhece o pintor surrealista Cruzeiro Seixas.
Paris, 1959
Paris, 1959
1964 - 1967
Em Lisboa, retoma o Curso de Arquitectura e trabalha em diversos ateliers de arquitectos mais velhos. Em Julho nasce o seu primeiro filho, Rodrigo. Um ano depois nasce a Rita. Em 1966 termina o Curso de Arquitectura enquanto trabalha no Gabinete de Obras dos Edifícios Hospitalares Militares. Viagem a Paris e ao Vale do Loire.

1968 - 1974
Muda de emprego para o Gabinete de Obras da Aeronáutica Civil. Em Junho nasce a sua filha Joana. Em 1970 começa a trabalhar num grande gabinete de projectos (Hidrotécnica Portuguesa) onde se mantém durante onze anos, ocupando-se, principalmente, de projectos de planeamento urbano, integrado numa equipa chefiada pelo arquitecto Leopoldo de Almeida, grande amigo e também apaixonado pela pintura. Viaja várias vezes, em trabalho, a Moçambique. Durante todos estes anos nunca deixa de utilizar os seus tempos de férias e fins-de-semana para pintar. Procura, metodicamente, o aprofundamento da sua linguagem própria. A técnica utilizada é sempre óleo sobre tela. Trabalha devagar, num lento processo de auto-aprendizagem e preocupa-se, apenas, em mostrar os seus quadros aos amigos. Em 1971 faz com a sua mulher e o seu amigo Cruzeiro Seixas uma viagem de estudo — pintura e arquitectura — ao norte e centro de Itália passando pela Catalunha e o sul de França. Em 1974 projecta, para a sua mulher, um espaço dedicado à divulgação e venda de produtos de design de grande qualidade. Esta loja, no centro de Lisboa, teve um notável êxito comercial e cultural. Durante cinco anos acompanha esta actividade e desloca-se com frequência a Londres, Barcelona e Milão.
1975 - 1977
Durante este ano e no ano seguinte participa em duas exposições colectivas na Sociedade Nacional de Belas Artes. Participa também numa colectiva organizada por Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas, na Galeria Ottolini, em Lisboa. Nessa altura pinta, com o seu amigo Artur Parrinha, quatro cadavres exquis. Executa um cenário para a peça de Peter Weiss Como o Senhor Mockinpott se Libertou dos Seus Tormentos, levada à cena pelo Grupo 4, no Instituto Alemão em Lisboa. Em 1977 participa como actor no filme Nem Pássaro Nem Peixe de Solweig Nordlund (em arquivo na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema).
Em palco com Lourdes Castro, na peça "Antes de Começar", 1985
Em palco com Lourdes Castro, na peça "Antes de Começar", 1985
1978 - 1985
A convite de Cruzeiro Seixas, que então dirige a Galeria da Junta de Turismo da Costa do Sol, no Estoril, faz a sua primeira exposição individual. As obras expostas não se destinam a ser vendidas. Em 1979 projecta e constrói uma casa para a sua família no sopé da Serra de S. Luís, no Parque Natural da Arrábida. Esta casa tem um anexo destinado a atelier de pintura. Em 1981 muda-se para um novo emprego onde o horário de trabalho lhe permite dedicar mais tempo à pintura — três a quatro horas por dia. Continua também a dedicar-lhe todos os fins-de-semana e férias passadas na sua casa de campo. Em 1982 vende o seu primeiro quadro ao Dr. Mário Soares, e em 1983 entra no mercado da pintura com uma exposição individual na Galeria de S. Mamede, em Lisboa. O catálogo inclui um texto do escritor José Cardoso Pires. Os calorosos estímulos recebidos incentivam-no a uma dedicação cada vez maior à pintura. Em 1984 realiza nova exposição na Galeria da Cooperativa Árvore, no Porto. Contracena com a pintora Lourdes Castro na peça de teatro de Almada Negreiros Antes de Começar, em quatro espectáculos realizados no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, por ocasião do primeiro aniversário deste Centro. Em Novembro expõe na galeria da Alliance Française de Lisboa, e em 1985 faz uma exposição,  em Outubro, na Galeria de S. Mamede, cujo catálogo é acompanhado de um texto de Eduardo Prado Coelho.
1986 - 1987
Expõe na Galeria de S. Mamede um conjunto de treze quadros sobre memórias de estações de comboio. Este conjunto é adquirido em bloco pelo Banco Comercial Português que o expõe de seguida na sua sede em Lisboa, aquando da inauguração, e nos anos seguintes por todo o país nas sedes distritais. Muda-se com a família para uma nova casa em Lisboa onde existe um espaço próprio para atelier de pintura. Em Março de 1987 esta mesma colecção é exposta em Washington, na Smithsonian Institution — Wilson Center, para cujo catálogo Bruno Munari escreve um texto. Simultaneamente realiza uma exposição de pinturas recentes na Patricia Carega Gallery, em Washington. É durante a sua estadia nesta cidade e depois em Nova Iorque que, pela primeira vez, vê, em museus, quadros de Edward Hopper que lhe causam uma forte impressão. Em Junho abandona a sua actividade profissional de arquitecto e passa a dedicar-se exclusivamente à pintura, decisão em que muito pesou o apoio da sua mulher.
1988 - 1989
Em Março a Galeria de S Mamede mostra sete óleos no ARCO — Feira Internacional de Arte Contemporânea — em Madrid. Nesta ocasião conhece Eugenio Granell. Em Outubro realiza mais uma exposição na Galeria de S. Mamede, em Lisboa, e quase na mesma altura expõe de novo em Washington na Patricia Carega Gallery. Durante estes últimos anos e com o desenrolar da sua nova actividade profissional, estabelece relações de amizade com outros pintores: Lourdes Castro, Menez, Júlio Pomar, Dacosta, Paula Rego, René Bertholo, Jorge Martins.
Em casa de amigos, com a sua mulher Teresa
Em casa de amigos, com a sua mulher Teresa
1990 - 1993
Realiza uma exposição em Londres, na Anne Berthoud Gallery, para a qual foi editado um catálogo, subsidiado pela Fundação Gulbenkian, com um texto crítico de Ruth Rosengarten. No Outono expõe em Washington D. C., na Carega Foxley Leach Gallery. Antes do fim do ano expõe na Galeria Nasoni, no Porto. O texto do catálogo é da autoria do historiador Jorge Borges de Macedo, seu antigo professor no Colégio Moderno. Em 1991 expõe em Paris, na Galerie Mouvances, uma pequena galeria na Place des Voges, e em 1992 realiza uma exposição com trinta e seis novos quadros na Galeria Nasoni, em Lisboa; o catálogo inclui um texto de Hellmut Wohl, professor de História da Arte no College of Liberal Arts da Universidade de Boston. Em 1993 a revista Colóquio-Artes da Fundação Gulbenkian publica um extenso texto crítico sobre a sua pintura, da autoria de Emídio Rosa de Oliveira, professor de Semiótica das Artes Visuais na Universidade Nova de Lisboa. Faz o cenário para a peça irlandesa The Playboy of the Western World de J. M. Synge levada à cena pelo Grupo de Teatro da Malaposta. A convite da Casa Fernando Pessoa — instituição privilegiada do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa — executa o tríptico O Quarto de Fernando Pessoa.
1994
No princípio do ano expõe este tríptico na Casa Fernando Pessoa, espaço essencialmente dedicado à poesia, e mostra em simultâneo uma colecção de doze quadros intitulada A Casa Sobre o Mar. Esta exposição inicia o ciclo "Um poeta/um pintor”. No catálogo o poeta Pedro Tamen escreve um poema em diálogo com os quadros. Em Maio este conjunto é exposto na Galeria Start, em Bordéus, entre outras manifestações culturais integradas na "Semaine Portugaise de Bordeaux et Aquitaine” e em representação de Lisboa — Capital Europeia da Cultura 1994. No mesmo mês expõe no Espaço Cultural do Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa. Um quadro seu é seleccionado para a exposição colectiva inaugural da nova sede da Bolsa de Valores de Lisboa.
Com Júlio Pomar, em casa de José Cardoso Pires
1995 - 1996
A convite da Fundação Arte y Tecnologia da Telefónica de Madrid realiza a primeira exposição antológica —Pintura • 1971-1994 —no Museu da Telefónica, em Madrid. Os comissários da exposição são Layla Ishi-Kawa e Sommer Ribeiro. O catálogo integra textos dos comissários, de Hellmut Wohl e de Fernando Castro Flores. Depois de estar dois meses em Madrid, a exposição é mostrada em Lisboa, no Palácio Galveias, durante o mês de Maio. Em 1996, a convite da Mobil, executa três óleos sobre tela que irão integrar as manifestações culturais comemorativas dos cem anos desta empresa em Portugal. Com o apoio da Casa Fernando Pessoa e da Fundação Oriente repõe, no Convento da Arrábida, a exposição A Casa Sobre o Mar, Um Poeta e um Pintor — Pedro Tamen / Manuel Amado, a convite do Parque Natural da Arrábida, no seu vigésimo aniversário. A apresentação é feita por Nuno Júdice e a leitura de poemas por Pedro Tamen. Ainda em 1996 começa a utilizar o novo atelier, um antigo palheiro recuperado, junto à sua casa de campo.
1997 - 1998
Exposição individual na Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian, em Ponte de Sor, a convite da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna. O texto do catálogo é da autoria de Fernando Mascarenhas. No âmbito do programa de recuperação do edifício dos Paços do Concelho, é convidado pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. João Soares, a executar um óleo sobre tela para o gabinete da Presidência. Em Fevereiro de 1998 expõe na galeria Antiks Design, em Lisboa. É a primeira exposição individual desta Galeria. O texto do catálogo é da autoria de José Augusto França. Em Junho e Julho, a convite da C.M.L. e da Fundação B.C.P. realiza no Palácio Galveias, em Lisboa, uma grande exposição com temática de Lisboa. Os comissários são Teresa Amado e José Brandão. O texto do catálogo é de José Cardoso Pires. Em Setembro participa na exposição Pintura Portuguesa Contemporânea na Colecção do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian que se realiza no Museu de Arte Contemporânea de Pequim – China Art Gallery, em Pequim, por iniciativa do Ministério da Cultura da China. Em Novembro, a convite da Fundação Oriente, realiza na Casa Garden, em Macau, a exposição O Conventinho da Arrábida. A comissária da exposição é Teresa Amado. O catálogo integra textos de Carlos Monjardino e Manuel Amado. É a sua primeira viagem à China.
1999 - 2000
É o ano do centenário do nascimento de seu pai. Colabora em várias manifestações culturais comemorativas da efeméride entre elas a da execução da capa para o livro À Boca de Cena - Fernando Amado, edição & etc. Em Junho expõe na Galeria Antiks Design, em Lisboa, O Jardim Encantado. O texto do catálogo é de João Pinharanda.  Em Maio de 2000 expõe na Galeria dos Coimbras, em Braga, A Casa de Mateus e o Meu Jardim. O texto do catálogo é de Bernardo Pinto de Almeida. Em Dezembro expõe na Galeria Antiks Design, em Lisboa, Viagem à Volta de uma Estação Abandonada. Retoma aqui a temática das estações de caminhos de ferro. O texto do catálogo é de Eduardo Lourenço.
No atelier, Arrábida
No atelier, Arrábida
2001 - 2003
Entre 16 de Janeiro e 6 de Março expõe na Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, A Grande Cheia. A comissária da exposição é Teresa Amado. Os textos do catálogo são de Francisco Bethencourt e Fernando António Baptista Pereira. Em Março é editado pela editora Chandeigne, em Paris, o livro bilingue Jogo de Reflexos – Poesia e Pintura – Nuno Júdice e Manuel Amado. Em Maio realiza na Galeria Municipal, em Tomar, a exposição Grupos por convite de José Augusto França. Em Novembro com o patrocínio da Fundação Oriente, numa iniciativa conjunta dos Ministérios da Cultura da China e de Portugal, realiza uma exposição individual no Museu de Arte Contemporânea de Pequim – China Art Gallery. No dia 31 de Dezembro é avô de 3 netos da sua filha Rita – o Manuel, o António e a Ana. Em Abril, Maio e Junho de 2002 realiza a mesma exposição na Galeria do Palácio, Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. A exposição é acompanhada por Imagens para um Vídeo de Vicente Jorge Silva e foi objecto de um colóquio dirigido por Rosa Alice Branco, Professora da Escola de Design e Belas Artes do Porto. Intervieram, entre outros, Nuno Júdice e Pedro Tamen. Em Outubro expõe pintura recente na Galeria Antiks Design, Lisboa. O texto do catálogo é da autoria de Rosa Alice Branco.
2004 - 2006
A exposição mostrada em Pequim e no Porto é apresentada, entre Julho e Setembro, na Fundación Antonio Pérez, em Cuenca, Espanha. Os textos do catálogo são da autoria de Antonio Pérez e Ruth Rosengarten. Também em Julho é editado o relatório e contas da Portugal Telecom que selecciona imagens da obra de Manuel Amado num trabalho gráfico de excepcional qualidade. Em Outubro e Novembro expõe Manuel Amado PINTURA 1992/2004, grande antológica dos últimos 12 anos de pintura, no Salão Nobre da Sociedade de Belas Artes, em Lisboa. O texto do catálogo é de autoria de Juan Manuel Bonet. Ainda em Novembro realiza-se o debate «Três Olhares sobre a Pintura de Manuel Amado» na Biblioteca da SNBA com as intervenções de Juan Manuel Bonet, Bernardo Pinto de Almeida e Nuno Júdice. Em 2005 a Fundação EDP adquire, para integrar a sua colecção, o díptico Porta de Prédio I e Porta de Prédio II.
Manuel Amado, 2006
Manuel Amado, 2006
2007
De 17 de Janeiro a 17 de Março expõe na Galeria D. Luiz, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, 50 óleos inéditos com temática de teatro. A exposição intitulada O Espectáculo Vai Começar, é comissariada por João Pinharanda, autor do texto principal do catálogo. Tem o patrocínio exclusivo do Millenium bcp e o apoio do IPPAR Ministério da Cultura. Em Abril, a convite de Bernardo Pinto de Almeida, participa na exposição Paisagem na Arte Contemporânea Portuguesa no Al Faisaliyah Center, Riade, Arábia Saudita. Em Novembro, a convite da Fundação D. Luís I, expõe no Centro Cultural de Cascais. A exposição, intitulada pinturaPINTURA, é comissariada por Luísa Soares de Oliveira, autora do texto principal do catálogo. Também nesse mês nasce a sua neta Maria.
2008 - 2010
De 6 de Maio a 15 de Junho participa na exposição Linha do Horizonte – o Motivo da Paisagem na Arte Contemporânea Portuguesa na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Brasil. A curadoria é de Bernardo Pinto de Almeida. A exposição é mostrada, posteriormente, no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto. Em 2009 colabora na cenografia da peça A Menina Júlia, de August Strindberg, com encenação de Rui Mendes, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. Integra a exposição itinerante Arte Partilhada Millennium bcp que seguirá um percurso pelo país e no estrangeiro prolongando-se por 2010.  De Janeiro a Março de 2010 participa na exposição comemorativa dos 10 anos do Núcleo de Arte Contemporânea do Museu de Tomar, fundado por José Augusto França. Na Primavera de 2010 uma obra sua ilustra a capa da revista Seara Nova. Em Agosto nasce a sua neta Laura. Em Setembro, as suas pinturas ilustram a Revista Colóquio Letras da Fundação Calouste Gulbenkian, no número comemorativo do centenário da República.
2011 - 2014
De 13 de Janeiro a 15 de Março de 2011 expõe Encenações, em Lisboa, no Salão Nobre da S.N.B.A., com texto de catálogo da autoria de Nuno Júdice. Participa na exposição colectiva Casa Comum - Obras na Colecção do CAM com curadoria de Leonor Nazaré - CAM, Gulbenkian, Lisboa, e Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança. Em Junho integra a exposição colectiva Portugal, Pontos de Fuga, comemorativa do 10 de Junho, em Castelo Branco, produzida pelo Museu da Presidência da República. Em Novembro de 2012 inaugura e exposição Manuel Amado na ermida – 7 óleos inéditos, executados expressamente para o pequeno espaço da Ermida Nossa Senhora da Conceição, em Belém, Lisboa. Para os acompanhar Pedro Tamen escreveu um poema. De 15 de Outubro a 16 de Novembro de 2014, expõe Os cavalos, no Museu do Oriente, em Lisboa. O texto do catálogo é da autoria de José Sasportes.
2015 - 2017
De Julho de 2015 a Março de 2016 participa na exposição A Luz de Lisboa – Museu de Lisboa – Torreão Poente do Terreiro do Paço, Lisboa, com curadoria de Ana Eiró e Acacio de Almeida. De Novembro de 2015 a Outubro de 2016 participa na colectiva As Casas na Colecção do CAM – curadoria de Isabel Carlos e Patrícia Rosas – CAM – FCG, Lisboa. De 18 de Maio a 17 de Julho de 2016 expõe na Casa das Histórias Paula Rego uma selecção de pinturas com curadoria e escolha da própria Paula Rego. Intitulada O Verão era assim como uma casa de morar onde todas as coisas estão..., a exposição tem co-curadoria de Catarina Alfaro. Em Novembro desse ano participa com uma pintura na exposição colectiva Mater Dei, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha, em Lisboa, exposição que é depois apresentada em 2017 no Santuário de Fátima, no âmbito da comemoração dos 300 anos do Patriarcado de Lisboa e dos 100 anos das aparições de Fátima.
2019
As casas que habitou, o cinema, a praia e o mar, os espaços transitórios e o teatro são a matéria de que é feita a sua pintura. Manuel Amado morre em Lisboa no dia 14 de Outubro de 2019.